quinta-feira, 10 de setembro de 2009
Duas emendas e um soneto (a Três poetas)
À Mário Quintana embolado numa pedra
Aquém
Me dirijo
Sigo sem resposta
Rumo ao menos
E ao sozinho.
Muro
Dos passos que parei.
Dos tiros que errei
Passarinho.
Vinicio
De manhã emudeço
De dia calo
De tarde recomeço
De noite amargo
Soneto ao demo
Olhando as letras mortas do teclado
Esperando ainda o auspício mais profundo
E mesmo assim chegasse inesperado
Desesperando a máquina do mundo
E eu que não mentei de forma alguma
Geral e ambiciosa explicação de tudo
De tantas situações só pensei uma
A máquina entreabrindo-se no absurdo
Achei em Minas vertigens deliciosas
Deixei pra trás os motivos da minha vida
Fugiu de mim a poesia perseguida
Palmilhei por estradas pedregosas
Acreditei em um motivo extremo
Carlos Drummond de Andrade poeta e demo
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"soneto ao demo" é seu? bem maneiro.
ResponderExcluir"...A treva mais estrita já pousara
sobre a estrada de Minas, pedregosa,
e a máquina do mundo, repelida,
se foi miudamente recompondo
enquanto eu, avaliando o que perdera,
seguia vagaroso, de mãos pensas..."
abs!
muiiito bom! sugestão em "vinicio" - vicio!
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