quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Descobrindo o soneto

A forma de um soneto não é à toa
Estampido genial de algum possesso
Às asas de um pássaro que voa
Somam-se milênios de um processo

Tampouco poderia atribuir
Sua forma a um engenho natural
O canto que assobia o bem-te-vi
Um lá, mas outro em meu quintal

Escritas ou faladas, as palavras
Catorze versos de maneira intercalada
A terra tão já pronta que não lavras

Saem belas da maneira mais cantada
Não importa se um canário ou se o Hermeto
Nada como a forma pura de um soneto.

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