Fundiram-se os sons num único ruído
Intermitente
Mais surdez, que barulho
A sala clara
(Um clarão)
As cores todas em branco
O recém retirado
Pendurado...
Parecia clamar,
O mesmo ruído agudo e intermitente
De todo o mundo
O tempo transfigurado perdia seu tempo
As cordas de minhas sensações esticadas
Rompiam-se...
E continuavam esticando
O recém retirado passou seu olhar por mim
Pendurado...
Não enxergava.
Vislumbrei cada instante daquele inspirar
Ofegante...
(só perceberia isso na expiração que veria seguinte)
Antes dela,
Uma moça que nem lembrava
Enfurecidamente apertava-me a mão
Largou-a...
Pareceu-me um carinho.
O era (saberia mais tarde)
Toda aquela eternidade antes de expirar
Nos sufocaria
E pelas caras
Um a um sabíamos disso.
Num soco.
Expiramos...
Rompeu-se o umbigo
Cor a cor
Ruído a ruído
Tudo tornou ao que seria
E jamais experimentei
Coisa tão louca.
Nossa, fiquei até sem fôlego!
ResponderExcluirIncrivelmente bonito.
ResponderExcluircada vez gosto mais dos teus escritos. Cada vez melhor, parabéns
ResponderExcluirPoema que fará sete anos no dia 9 de março de 2011.
ResponderExcluirMe comovi muito,vc agora já sabe a emoção q toma conta da gente na hora do nascimento de um filho,é um amor pra sempre e incondicioanal,te amo muito meu poeta.
ResponderExcluirLindo!...
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