quarta-feira, 23 de junho de 2010
Predestinado
E como se o vazio que me espreita,
desde sempre,
me agasalhasse por completo.
Nessa manhã,
como se eu acabasse finalmente,
pro mundo em torno.
E a tristeza,
mãe de todos os meus filhos –
exceto um –
deitasse sobre mim,
nua.
E me desnudasse.
E o sentimento do erro,
confrontado ao erro mesmo.
De tudo pra trás e pra frente, pro fundo,
matasse de vez meus acertos,
meus sonhos
todo o futuro e até as lamúrias.
E a morte
que sadicamente só me conduzirá mais tarde,
no ocaso do corpo,
me acompanhasse com suspiros e enleios.
Em sopros de uma vida escura
Em lágrimas que não caem
Em amores que escorrem e não vingam.
E finalmente,
Compreendi.
Nessa manhã.
Minha predestinação.
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Predestinado à poesia!
ResponderExcluirFala, cara. Gostei muito dessas postagens de 2010. Mó tempo que não passo aqui. Me diverti com o "Cordas" do Roulién...rsrsrsr. Malditos nomes, né? Os nossos mesmos nem fomos nós quem os escolhemos, afinal de contas...rsrsrs
Este poema 'Predestinado' tá muito maneiro. Parabéns.
a propósito, não cheguei a receber o lance da máquina do mundo. Te mandei um e-mail a partir da sua mensagem mais recente na minha caixa de entrada. não sei se chegou. de toda forma, se ainda quiser mandar, lá vai meu e-mail:
paulorsm2005@gmail.com
paulo_rsm2005@yahoo.cpm.br
quanto à cerveja, marque-la-emos. Cruzes!!
ABS.