sexta-feira, 1 de julho de 2011

Uma defesa (quase) científica da utopia



Há de se ter uma parcela de ilusão em nossas vistas?
Curto circuito entre a nossa imensa finitude
E o eterno e o infinito?
Entre o “Isso”[i] e o eu?
Sempre?

Sim.
Há!
Sempre!

A maioria, por exemplo, se ilude
Dedicando-se mais ao trabalho do que ao amor...
Um percentual muito elevado deposita todas as suas ilusões
no mercado futuro da Divina Providência.
E há os plenamente satisfeitos:
os plenamente iludidos.

Sem ilusões,
Teríamos uma humanidade suicida;)

Como lustrar, então, nossas ilusões,
para que brilhem?

Utopia.

As horrendas paranóias
de um Hitler, de um Ford, de um Geisel...
e de outros stálines, híteleres, fórderes, gáiseles...
fazem parte da entropia[ii],
não são utopia.

A utopia tem forma de flor e
cheiro de sereno.
Sempre será abraço, cantiga, cafuné.
Substituamos a ilusão pela utopia!
Utopia ou Barbárie!


[i] Id – Freud.
[ii] Perda de energia; nesse caso histórica-humana. Anti-utopía.

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